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cole~ao
TRANS
Bruno Latour
JAMAIS FOMOS MODERNOS
Ensaio de Antropologia Simetrica
TradUt;iio
Carlos [rineu da Costa
 EDITORA 34 _ ASSOCIADA
A
EDITORA NOVA FRONTEIRA
Distribui~ao
pela Editora Nova Fronteira S.A.
R. Barnhina, 25
CEP 22215-050 Tel. (021) 286-7822 Rio de Janeiro - RJ
Copyright
©
199434 Literatura
SIC
Ltda. (direiros adquiridos para lingua
portuguesa, no Brasil)
NOlls n'avons jamais ere modernes
©
1991 Editions La Decouverte, Paris
]AMAIS FOMOS MODERNOS
Ensaio
de
Antropologia Simetrica
A FOTOCDPlA DE QUALQUER FOLHA DESTE UVRQ E lLEGAL, E CONFIGURA UMA
APROPRIAC;AO INDEVlDA DOS DIREITOS INTELEeruAIS E PATRIMONIAIS DO AUTOR.
7
1.
CRISE
Titulo original:
Nous n'avons jamais
ete
modernes
Capa, projeto grafico e
editora~ao
eletronica:
Bracher
&
Malta Produqao Grd(ica
19
2. CONSTITUI<;:AO
Revisao:
Claudia Moraes
.1"3
3.
REV(>LU<;:AO
l' Edi,ao - 1994
91
4. RELA
TlVISMO
34 Lirerarura
SIC
Ltda.
R. Jardirn Boranico, 635
s. 603
CEP 22470-050
Rio deJaneiro - RJ
Tel. (021) 239-5346 Fax (021) 294-7707
129
5. REDISTRIBUI<;:AO
CIP - Brasil. Caraloga<;ao-na-fonte
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.
145
Bibliografia
Latour, Bruno
Jamais fomos modernos : ensaio de anrropologi
a
sime:trica
{
Bruno Latour; [raduo;io de Carlos lrineu cia
Costa. _ Rio de Janeiro: Ed. 34, 1994
152
p.
(Colco;ao TRANS)
Tradu"iio ae: Nous n'avons jamais
etc:
modernes
Bibliografia
ISBN 85_85490_38_1
1. Filosofla francesa.
US3)
2. Filosofia moderna.
I.
Titulo. II. SC:rie.
CDD
_194
CDU
_1(44)
94-0446
 .;;::I"F.: :,;,3C/BSCSH
:c
1.
CRISE
I
211
(~)t"C~
f-'
Em,:
al1!'JC. -
A
PROLIFERA<;:AO DOS HfBRJDOS
Na pagina quatro do jornal, leio que as campanhas de medidas so-
bre a Antartida
VaG
mal este ano:
0
buraco na camada de ozonio aumen-
tou perigosamente. Lendo urn pouco mais adiante, passo dos qufmicos que
lidam com a alta atmosfera para os executivos da Atochem e Monsanto,
que estao modificando suas linhas de prodw;ao para substituir os inocen-
tes clorofluorcarbonetos, acusados de crime contra a ecosfera. Alguns pa-
ragrafos
a
frente,
e
a vez dos chefes de Esrado dos grandes paises industria-
lizados se meterem com qufmica, refrigeradores, aerossois e gases inertes.
Contudo, na parte de baixo da coluna, vejo que os meteorologistas nao
concordam mais com os qufmicos e falam de variac;6es cfclicas. Subitamente
os industriais nao sabem
0
que fazer. Sera preciso esperar? Ja
e
tarde de-
mais? Mais abaixo, os pafses do Terceiro Mundo e os ecologistas metem
sua colher e falam de tratados internacionais, direito das gera<;6es futu-
ras, direito ao desenvolvimento e moratorias.
o
mesmo artigo mistura, assim, reac;oes quimicas e rea<;6es polfticas.
Urn mesmo fio conecta a mais esoterica das ciencias e a mais baixa politi-
ca,
0
ceu mais longinquo e uma certa usina no suburbio de Lyon,
0
perigo
mais global e as proximas elei<;6es ou
0
proximo conselho administrati-
yo. As proporc;6es, as quest6es, as dura<;oes, os atores nao sao compara-
veis e, no entanto, estao todos envolvidos na mesma historia.
Na pagina seis do jornal, recebo a informa<;iio de que
0
virus da AIDS
de Paris contaminou
0
virus que estava no laboratorio do professor Gallo,
que os senhores Chirac e Reagan haviam contudo jurado solenemente nao
questionar novamente
0
historico desta descoberta, que as industrias
qui-
micas estao demorando a colocar no mercado remedios fortemente reivin-
dicados por doentes organizados em associac;oes militantes, que a epide-
mia se dissemina na Africa negra. Novamente, cabec;as coroadas, quimi-
cos, biologos, pacientes desesperados e industriais encontram-se envolvi-
dos em uma mesma historia duvidosa.
Na pagina oito, sao computadores e chips controlados pelos japone-
ses, na pagina nove embri6es congelados, na pagina dez uma floresta em
charnas, levando em suas colunas de furna<;a algumas especies raras que
alguns naturalistas desejarn proteger; na pagina onze, baleias munidas de
colares aos quais sao acoplados radios sinalizadores; ainda na pagina onze,
Agraclecimentos:
Sem Fran<;ois Geze eu
nao
teria escrito este ensaio,
c~jas
imperfei<;6es
sao
,mui-
tas mas decerto sedam ainda mais numerosas sem os
preclosos
conselhos de
Gera~d
De'Vries, Francis Chateauraynaud, Isabelle Stengers, Luc Boltanski, Elizabet.h Clavene
e de meus colegas da Ecole des Mines. Gostaria de agradecer a
Ha~ry
Colhns, Ernan
McMullin, Jim Griesemer, Michel Izard, Clifford Geertz e
~eterGahs~n
F?f
me
[eeem
permitido testae os argumentos aqui contidas durante os dlversos semmanos gue gen-
tilmente organizaram para mim.
Para Elizabeth e Luc.
Jamais Fomos Modernos
7
1
 urn terreno ao redor de urna mina do Norte, simbolo da explora<;ao industrial,
acaba de ser elassificado como rese!Va ecologica devido
a
flora rara que la
se desenvolveu. Na pagina doze,
0
papa, os bispos, Roussel-Delaf, as rrom-
pas de Falopio e os fundamentalistas texanos
reil~:m-see~
t?rno do mes-
mo anticoncepcional formando uma estranha leglao. Na pagma quatorze,
o nilmero de linhas da televisao de alta defini<;ao interconecta
0
sr. Delors,
Thomson, a CEE, as comiss6es de padroniza<;ao, os japoneses mais uma vez,
e os produtores de filmes. Basta que
0
padrao da tela seja alterado por umas
poucas linhas e bilh6es de francos, milh6es de televlsores,. mllhares de ho-
ras de filmes centenas de engenheiros, dezenas de executlvos dan<;a
m
.
FeIizm~nte
ha, no jornal, algumas paginas re1axantes nas quais se fala
de politica pura (uma reuniao do partido radical), e
0
suplemento de livros
onde os romances relatam as aventuras apaixonantes do eu profundo
(Je
t'aime mo; non plus).
Sem estas paginas calmas, ficariamos tontos. Multipli-
cam-s~
os artigos ilibridos que delineiam tramas de ciencia, poHtica, econo-
mia, direito, religiao, tecnica, fic<;ao. Se a leitura do jornal diario e a reza do
homem moderno, quae estranho e
0
homem que hoje reza lendo
est~sassun~os
confusos. Toda a cultura e toda a natureza sao diariamente revlradas al.
Contudo, ninguem parece estar preocupado. As paginas de Economia,
Politica, Ciencias, Livros, Cultura, Religiao e Generalidades dividem 0 layout
como se nada acontecesse.
0
menor virus da AIDS nos faz passar do sexo
ao inconsciente, a Africa, as culturas de celulas, ao DNA, a Sao
Franc~s:o;
mas os analistas, os pensaqores, os jornalistas e todos os que tomam declsoes
irao cortar a fina rede
de~'enhada
peIo virus em pequenos compartimentos
espedficos, onde encontraremos apenas ciencia,
apen~s
economia, apenas
representa<;6es sociais, apenas generalidades, apenas
ple~ade,
,ap.enas sexo;
Aperte
0
mais inocente dos aeross6is e voce sera levado a Antartlda, e de
I~
a universidade da California em Irvine, as linhas de montagem de Lyon, a
quimica dos gases nobres, e dai talvez ate a
o~u?~as
este fio
f~agil
.sera
cortado em tantos segmentos quantas forem as dlsclplmas puras: nao mlstu-
,remos
0
conhecimento,
0
interesse, a justi<;a, 0 poder. Nao misturemos
0
ceu e a terra
0
global e
0
local,
0
humano e
0
inumano. «Mas estas
confu~6es
criam a mis;ura - voce dira -, elas tecem nosso mundo?" - "Que seJam
como se nao existissem", respondem as analistas, que romperam 0 no gordio
com uma espada bern afiada.
0
navio esta sem rumO: a esquerda
0
conhe-
,cimento das coisas, a direita
0
interesse, 0 poder e a poHtica dos homens.
dassificar. Por falta de op<;6es, nos autodenominamos soci610gos, histo-
riadores, economistas, cientistas politicos, fil6sofos, antrop6logos. Mas,
a estas disciplinas veneraveis, acrescentamos sempre 0 genitivo: das cien-
cias e das tecnicas.
Science studies
e a palavra inglesa; ou ainda este vo-
cabulo por demasiado pesado: "'Ciencias, tecnicas, sociedades". Qualquer
que seja a etiqueta, a questao e sempre a de reatar 0 n6 g6rdio atraves-
sando, tantas vezes quantas forem necessarias,
0
corte que separa os co-
nhecimentos exatos e 0 exerdcio do poder, digamos a natureza e a cul-
tura. Nos mesmos somos hibridos, instalados precariamente no interior
das institui<;6es cientificas, meio engenheiros, meio fil6sofos, urn ter<;o ins-
truidos sem que
0
desejassemos; optamos por descrever as tramas onde
quer que estas nos levem. Nosso meio de transpone e a no<;ao de tradu-
<;ao ou de rede. Mais flexivel que a
no~ao
de sistema, mais historica que\
~(v
a de estrutura, rna is ernpirica que a de complexidade, a rede e 0 fio de:
Ariadne destas hist6rias confusas.
No entanto, estes trabalhos continuam sendo incompreensiveis por- \
que sao reconados em tres de acordo com as categorias usuais dos criti-
cos. Ou dizem respeito a natureza, ou
a
politica, ou ao discurso. \
Quando MacKenzie descreve
0
girosc6pio dos misseis intercontinen-
tais (MacKenzie, 1990)*, quando Calion descreve os eletrodos das pilhas
de combustivel (Calion, 1989), quando Hughes descreve
0
filamento da
lampada incandescente de Edison (Hughes, 1983a), quando eu descrevo
a bacteria do antraz atenuada par Pasteur (Latour, 1984a) ou os peptideos
do cerebro de Guillemin (Latour, 1988a), os criticos pensam que estamos
falando de tecnicas e de ciencias. Como estas illtimas sao, para eles, mar-
ginais, ou na melhor das hip6teses manifestam apenas 0 puro pensamen-
to instrumental e calculista, aqueles que se interessam por poHtica ou pe- \
las almas podem deixa-las de lado. Entretanto, estas pesquisas nao dizem
respeito
a
natureza ou ao conhecimento, as coisas-em-si, mas antes a seu
envolvimento com nossos coletivos e com os sujeitos. Nao estamos falan-'
do do pensamento instrumental, mas sim da propria materia de nossas
sociedades. MacKenzie desdobra toda a marinha americana e mesmo os
deputados para falar dos giroscopios; Calion mobiliza a EDF e a Renault,
assim como grandes temas da poHtica energetica francesa, para compre-
ender as trocas de ions na ponta de seu eletrodo; Hughes reconstr6i roda
a America em torno do fio incandescente da lampada de Edison; toda a
sociedade francesa do seculo XIX vern junto se puxamos as bacterias de
Pasteur, e torna-se impossivel compreender os peptideos do cerebro sem
acoplar a eles uma comunidade cientifica, instrumentos, praticas, diver-
sos problemas que pouco lembram a materia cinza e
0
calculo.
REATANDO 0 N6 G6RDIO
Ha cerca de vinte anos, eu e meus amigos estudamos estas situa<;6es
estranhas que a cultura intelectual em que vivemos nao sa be bern como
" As referencias entre parenteses remetem
a
bibliografia no final do livro.
Bruno Latour
Jamais Fomos Modernos
9
8
contextualizas:ao e semi6tica, mas de uma nova forma que se conecta ao
mesmo tempo a natureza das coisas e ao contexto social, sem contudo
reduzir-se nem a uma coisa nem a outra.
Nossa vida intelectual e decididamente mal constrllida. A epistemo-"
logia, as ciencias sociais, as ciencias do texto, todas tern uma
reputa~iio,
contanto que
permane~am
distintas. Caso os seres que voce esteja seguin-(
do atravessem as tres, ninguem mais compreende
0
que voce diz.
Ofere~a
as disciplinas estabelecidas uma bela rede sociotecnica, algumas belas tra-
du~6es,
e as primeiras extrairao os conceitos, arrancando deles todas as
rafzes que poderiam liga-los ao social ou a retorica; as segundas irao am-
putar a dimensao social e poHtica, purificando-a de qualquer objeto; as
terceiras, enfim, conservarao
0
discurso, mas irao purga-Io de qualquer
aderencia indevida a realidade -
horresco referens
- e aos jogos de po-
der. 0 buraco de ozonio sobre nOSsas
cabe~as,
a lei moral em nosso cora-
~ao
e
0
texto alltonomo podem, em separado, interessar a nossos criticos.
Mas se uma naveta fina hOllver interligado
0
ceu, a industria, os textos,
as almas e a lei moral, isto permanecera inaudito, indevido, inusitado.
"Mas entao e poHtica? Voces reduzem a verdade cientffica a interes-
ses e a efid.cia tecnica a manobras polfticas?" Eis ai
0
segundo mal-enten-
dido. Se os fatos nao ocuparem 0 lugar ao mesmo tempo marginal e sa-
grado que nossas
adora~6es
reservam para des, imediatamente sao redu-
zidos a meras contingencias locais e miseras negociatas. Contudo, nao
estamos falando do contexto social e dos interesses do poder, mas sim de
seu envolvimento nos coletivos enos objetos. A
organiza~ao
da marinha
americana sera profundamente modificada pela
alian~a
feita entre seus es-
critorios e suas bombas; EDF e Renault se tornarao irreconhecfveis de acor-
do com sua decisao de investirem na pilha de combustivel ou no motor a
explosao. A America nao sera a mesma antes e depois da eletricidade;
0
contexto social do seculo XIX nao sera
0
mesmo se for construido com
pobres coitados ou com pobres infestados por microbios; quanto ao sujeito
inconsciente estendido sobre seu diva, como sera diferente caso seu cerebro
seco descarregue neui'O transmissores ou caso seu cerebro umido secrete
hormonios. Nenhum destes estudos pode reutilizar aquilo que os soci610-
gos, psicologos ou economistas nos dizem do contexto social para aplica-
10
as ciencias exatas. A cada vez, tanto
0
contexto quanto a pessoa huma-
na encontram-se redefinidos. Da mesma forma como os epistemologos nao
reconhecem mais, nas coisas coletivizadas que Ihes oferecernos, as ideias,
conceitos e teorias de sua infancia, tambern as ciencias humanas seriam
incapazes cle reconhecer, nestes coletivos abarrotados de coisas que nos des-
dobramos, os jogos de poder de sua adolescencia militante. Tanto
it
esquer-
da quanto a direita, as finas redes
tra~adas
peta pequena mao de Ariadne
continuam a ser mais invisfveis do que aquelas tecidas pelas aranhas.
"Mas se voces nao falam nem das coisas-em-si nem dos humanos-
entre-eles, quer dizer que voces falam apenas do discurso, da representa-
'rao, da linguagem, dos textos." Este e
0
terceiro mal-entendido. Aqueles
que colocam entre parenteses
0
referente externo - a natureza das coisas
- e
0
locutor -
0
contexte pragmatico ou social- so podem mesmo falar
dos efeitos de sentido e dos jogos de linguagem. Entretanto, quando Mac-
Kenzie perscruta a evolu.;ao do girosc6pio, esta falando sobre agenciamen-
tos que podem matar a todos; quando Calion segue de perto os artigos
cientfficos, ele fala de estrategia industrial, ao mesmo tempo em que fala
de ret6rica (Calion, Law
et aI.,
1986); quando Hughes analisa os cader-
nos de notas de Edison, 0 mundo interior de Menlo Park logo se tomara
o mundo exterior de toda a America; quando descrevo a domestica,ao dos
microbios por Pasteur, mobilizo a sociedade do seculo XIX, e nao apenas
a semiotica dos textos de urn grande homem; quando descrevo a inven-
~ao-descoberta
dos peptideos do cerebro, falo realmente dos peptideos em
si, e nao de sua representa,ao no laborat6rio do professor Guillemin.
E
verdade, entretanto, que se trata de retorica, estrategia textual, escrita,
A
CRISE DA CRfTICA
Os crfticos desenvolveram tres repertorios distintos para falar de nos-
so mundo: a
naturaliza~ao,
a
socializa~ao,
a
desconstrll~ao.
Digamos, de forma
rapida e sendo urn pouco injustos, Changeux, Bourdieu, Derrida. Quando
o primeiro fala de fatos naturalizados, nao ha mais sociedade, nem sujeito,
nem forma do discurso. Quando 0 segundo fala de poder sociologizado, nao
ha mais ciencia, nem tecnica, nem texto, nem conteudo. Quando
0
terceiro
fala de efeitos de verdade, seria urn atestado de grande ingenuidade acredi-
tar na existencia real dos neuronios do cerebro Oll dos jogos de poder. Cada
uma destas formas de critica e potente em si mesma, mas nao pode ser com-
binada com as outras. Podemos imaginar urn estudo que tornasse
0
buraco
de ozonio algo naturalizado, sociologizado e desconstrufdo? A natureza dos
fatos seria totalmente estabelecida, as estrategias de poder previsfveis, mas
apenas nao se trataria de efeitos de sentido projetando a pobre ilusao de uma
natureza e de urn locutor? Uma tal coleha de retalhos seria grotesca. Nossa
vida intelectual continua reconhecfvel contanto que os epistemologos, os
sociologos e os desconstrutivistas sejam mantidos a uma distancia conveniente,
alimentando suas crfticas com as fraquezas das outras duas abordagens. Voces
podem ampliar as ciencias, desdobrar os jogos de poder, ridicularizar a
cren~a
em uma realidade, mas nao misturem estes tres aciclos causticos.
Ora, de duas coisas uma: ou as redes que desdobramos realmente nao
existem, e os criticos fazem bern em marginalizar os estudos sobre as cien-
Jamais Fomos Modernos
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Bruno Latour
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